Kaospilot

Kaospilot

Escola de ensino superior internacional, localizada na Dinamarca, de empreendedorismo, criatividade e inovação social, que mescla conceitos de negócios com design, para formar líderes prontos para colocar seus objetivos em prática mesmo numa realidade caótica como a atual.

Escola de ensino superior internacional, localizada na Dinamarca, de empreendedorismo, criatividade e inovação social, que mescla conceitos de negócios com design, para formar líderes prontos para colocar seus objetivos em prática mesmo numa realidade caótica como a atual.

País: Dinamarca
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Problema: A educação tradicional não costuma ver o indivíduo ou a comunidade, mas foca principalmente no conhecimento. A ênfase é, muitas vezes, o ensino e não o aprendizado. Usa-­se a visão clássica do aluno como um copo vazio a ser preenchido em vez de enxergá-­lo como um copo cheio que tem muito a oferecer para a escola. Já a Kaospilot é um espaço que procura enxergar o ser humano completo, com suas fraquezas, pontos fortes, sonhos e conhecimentos próprios (backgrounds). Para isso, busca continuamente descobrir o que motiva as pessoas a aprender, criar e liderar e proporciona um ambiente que ajuda estudantes a respeitar seus valores e concretizar sonhos em um mundo caótico e que precisa ser transformado. A Escola de negócios criativos foi fundada em 1991 por Uffe Elbaek na segunda maior cidade da Dinamarca, Aarhus.




Soluções: A Kaospilot é uma escola internacional de empreendedorismo, criatividade e inovação social que propõe uma formação de 3 anos, na qual os alunos, a maioria com 24 anos, se tornam profissionais protagonistas do seu próprio aprendizado e estudos de caso são completamente substituídos por projetos reais com clientes de verdade. É a partir desses trabalhos e da reflexão sobre a prática que o currículo ganha vida. 

A formação do principal programa, o Enterprising Leadership (Liderança Empreendedora), tem três ênfases: desenho e gestão de projetos criativos; desenho e liderança de processos criativos; desenho e criação de novos negócios. Os pilotos do caos em parte do tempo assistem a palestras, aulas ou oficinas práticas, facilitadas por profissionais diversos, como consultores, empreendedores, artistas, acadêmicos, empresários, ativistas, e em outros momentos desenvolvem projetos individuais ou em grupos. 

A escola não tem corpo docente clássico, mas professores externos, que são convidados a contribuir com o aprendizado da turma por períodos variados. O papel mais desafiador na Kaospilot pertence ao team leader, ou gestor da equipe, que é a pessoa que traduz o currículo da escola em módulos, atividades práticas, clientes e projetos. A escola ainda dispõe de algumas pessoas que atuam como coaches, que dão apoio e mentoria individual aos alunos. A organização é horizontal, com grande interação entre funcionários e estudantes. Os alunos podem se dirigir diretamente ao diretor com qualquer tipo de questionamento. 

Durante a formação, os estudantes passam também por um grande desenvolvimento pessoal. O objetivo é que, quando terminarem os três anos de curso, saibam quem são e como podem utilizar suas habilidades da melhor forma para fazer uma mudança positiva no mundo. Para isso, no segundo ano, também passam quatro meses trabalhando em um local fora da Escandinávia. 

Um ex­-aluno da escola, Robert Senftleben, por exemplo, criou um projeto em seu último ano na Kaospilot para tornar desertos verdes. Com um grupo de colegas, ele desenvolve técnicas orgânicas para fertilizar a terra de uma região desértica da Jordânia para, com isso, permitir a agricultura no local. O objetivo é fazer com que pessoas que vivem neste tipo de região adquiram formas de retirar seu alimento da terra local e não precisem emigrar.

A escola dá ainda consultoria para empresas interessadas em aplicar inovações nos negócios, promove artes e artistas, sendo palco de shows e exibições, e estimula também o convívio social, abrindo suas portas para festas e encontros.




Resultados: Um terço dos graduados na escola monta a própria empresa, ONG ou projeto. Cerca de metade dos ex­-alunos, formados em 18 turmas até 2014, ocupa algum cargo gerencial em vários tipos de indústrias. Alguns exemplos de projetos realizados pelos alunos são: um sistema para distribuição gratuita de guarda-­chuvas, uma escola de skateboard para meninas, agricultura ecológica em uma ilha e a venda de água em caixinhas para combater a atuação insustentável das grandes empresas, que vendem água em garrafas plásticas. A publicação BusinessWeek reconheceu a instituição como uma das melhores escolas de design do mundo.